Você já parou pra pensar como qualidade de vida é diferente de padrão de vida?
Que escolher conscientemente o que é mais importante pra você faz muita diferença em como você vai viver cada dia?
Pois foi em um dia comum e com muito trânsito em dezembro de 2014 que percebi essa sutileza.
Fui desafiada pela firma a visitar um espaço nosso no aeroporto de Guarulhos – “apenas” um trajeto de 80 km de ida e volta – o que para mim significaria atravessar a cidade.
Mas o legal de São Paulo são as surpresas que atravessam o nosso caminho e no caso deste dia foi o taxista Leo.
A história do Leo
Leo, um taxista bem educado e animado, mas com um sotaque diferente que mesmo após 10 anos em São Paulo não havia perdido. No meio da conversa descobri que o Leo é de Goiás (ou Goiás Velho), uma cidadezinha em Goiás (estado) tombada pelo patrimônio histórico.
Claro que pegamos muito transito, foi ai que o Leo começou a me contar da cidade dele, que havia passado as férias por lá, que conseguiu ficar sem celular, sem o vício da internet, sem atender ao rádio do seu táxi e sem uma selfie sequer no período, o Leo me contou que sentiu como se tivesse vivido de novo e que apesar de ter sentido falta de algumas loucuras daqui de Sampa ele curtiu como nunca a sua cidadezinha e percebeu o que era ter qualidade de vida.
Quando eu perguntei pro Leo, por que não voltar pra lá então? Agora que Goiás está mais desenvolvido, que tem mais oportunidades o Leo me surpreendeu com a seguinte reflexão:
“Estou viciado no meu padrão de vida, trabalho mais de 12 horas por dia. Aproveito pouco de tudo que conquistei, mas viciei”
Isso me fez devolver uma pergunta pra ele assim que saí do táxi:
“E aí Leo você vai continuar escolhendo o padrão de vida? Ou vai mudar e passar a escolher a qualidade de vida?”.
Essa reflexão ficou para mim também.
Até quando vamos acumular coisas achando que elas nos farão felizes?
Ou trabalharemos sem propósito simplesmente para manter algo que muitas vezes mal conseguimos aproveitar? E quando o caso é mais grave: acabamos comprando coisas que não precisamos (e que nem podemos pagar, olha a dívida!) para agradar pessoas que não gostamos para manter uma vida que nem sabemos se queremos mesmo?
Vale a reflexão!
E aí? Você esta vivendo ou acumulando coisas?
Assim como deixei a pergunta pro Leo, deixo pra você também: E ai? Vai escolher o padrão ou a qualidade!?