Em 2013 eu comecei a minha jornada de entendimento sobre o meu comportamento de compra, apesar da minha ficha sobre a compulsão ter caído dois anos antes, em 2011, quando fiz a minha primeira formação em Consultoria de Imagem e Estilo Pessoal.
Tudo começou com o meu guarda-roupa.
Uma das primeiras coisas que eu fiz foi colocar em prática uma proposta muito conhecida de revistas de moda, 10 looks com 17 peças, em média.
Deu mais certo do que eu esperava. A proposta era muito simples, mesmo com um guarda-roupa cheio, eu queria testar alguns pontos:
- Da mesmo pra viver com pouco?
- É realmente mais fácil pensar quando se tem menos?
- No pouco a criatividade aflora?
E essas foram as peças escolhidas:
Nota: peço desculpas pela minha habilidade ridícula para fazer essa montagem! :S
E esses os looks que renderam:
Como eu trabalhava em banco, o estilo é bem comportadinho, mas perceba que mesmo com uma camiseta super azul, deu bastante certo a mistura das peças (eu poderia ter escolhido uma branca afinal de contas…).
E sim, eu consegui comprovar muitas coisas legais:
- É possível sim viver com poucas peças, maaaaas elas tem que ser boas minha gente e tem que ter cuidado com as bichinhas, porque lavar demais estraga, então as dicas são:
1. leia a etiqueta da roupa, para ajudar tem um “tradutor de etiquetas” aqui;
2. Pense antes de lavar — se não suou demais, se não rolou uma sujeira tipo caiu uma comida, ou suco, ou vinho, a roupa pode sofrer um repeteco antes de lavar, certo?
3. Tem também receitinha caseira de “desodorantes de roupa” que aprendi para capacetes com a minha avó (sabe receita que tira cheiro de tudo e limpa tudo em casa?), acabei testando em roupa e deu super certo: vale ter no armário um borrifador com 2 xícaras de água, 1/4 xíc de álcool, 1/4 xíc de vinagre branco e umas gotinhas da essência que se preferir (hoje em dia eu uso óleo de melaleuca e de lavanda) — basta borrifar levemente na peça que vai pro cabide antes de voltar pro armário, se tira fudum de capacete minha gente, vai tirar um cheirinho de nada da roupa.
Resumindo
- Melhor ponto de todos: exercitar a criatividade e fazer combinações que nunca tinha feito antes. Parece simples né?
- Praticidade: eu tenho preguiça de pensar de manhã e acordar com a solução pronta foi ótimo!
- Eu me acomodava com certas peças de roupa e exercitar me fez usar o guarda-roupa de forma mais estratégica;
- Mudar um pouco o grupinho de roupas que costumo usar.
Esse ponto completa o anterior. Vai dizer que você também não tem uma calça, dentre todas as outras que você tem no armário, que usa toda bendita semana? Confessa vai, todo mundo tem uma ou duas pecinhas assim. Eu fiz questão de não colocar nenhuminha neste desafio para sair do conforto de verdade!
- Falei no primeiro bullet que as peças tem que ser boas, pois bem, eu mesclei peças novíssimas em folha com peça super mega antigas, clássicas e excelentes do meu guarda-roupa;
- Segundo melhor ponto de todos: Programar antes de colocar em prática, eu testei todos os looks antes, tirei fotos e deixei armazenadas no meu celular e só ordenei de acordo com uma lógica que eu achei ideal para não parecer que eu estava todos os dias com a mesma roupa! O melhor dessa parte? Eu não fiquei nenhum dia olhando pro guarda-roupa com cara de “com que roupa eu vou?”!
É isso, valeu a pena o exercício.
Me fez pensar muito mais no guarda-roupa, de um jeito tão diferente que as peças que eu entendi que não se encaixavam nele simplesmente foram parar numa lojinha virtual, em bazares ou na casa de pessoas que precisavam mais delas do que eu, doei e a vida ficou mais feliz para as pessoas, para as minhas peças de roupa e para mim! 🙂
Adorei, não conhecia o seu blog, mas achei as peças de ótimo gosto, e as combinações bem harmônicas
OI Letícia, obrigada! Espero que as dicas possam continuar te ajudando. Beijos Vivi